quarta-feira, 15 de abril de 2009

Crianças - a esperança de um mundo melhor

Como acreditava Aristóteles, o elemento fundamental da vida social do ser humano quando ainda criança é o ato de imitar.

Nós aprendemos por imitação, por exemplos que nos são dados. São através desses exemplos que formamos nossa estrutura moral.

Se desejamos um mundo de paz e harmonia, precisamos nos tornar pessoas melhores para que possamos instruir melhor essas almas puras e inocentes. As crianças de hoje serão os adultos de amanhã. Que amanhã estamos reservando para nós e para as futuras gerações?

O ser humano conquistou grandes vitórias contra ele mesmo ao longo dos anos, mas toda essa evolução caminha a passos lentos. Quanto tempo já não se passou, quanto tempo ainda teremos?

O ser humano precisa se permitir a uma mudança interior, precisa se permitir a uma auto-reflexão de sua vida, seus valores e seus atos e junto a essa mudança, precisamos resgatar toda aquela inocência e simplicidade que essas crianças carregam com elas. Precisamos nos tornar exemplos, mas também precisamos nos lembrar que temos muito o que aprender com esses pequenos anjos. Juntos podemos com nossas palavras, com nossos gestos e ações construir um mundo melhor.

Lis

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Pais e Filhos


Hoje a caminho do trabalho comecei a refletir sobre algumas coisas. Como de costume, passei a viagem toda observando. Adoro observar, acho que observar o ser humano e tentar compreende-lo é mais do que um hobby, é refletir, é se questionar, é aprender. Comecei a perceber o desequilíbrio, a falta de harmonia de algumas pessoas, tanto interna quanto externa.

Foi ai que percebi. Falta amor. Sim, amor. Hoje vi que o problema no mundo não está do lado de fora da janela, e sim, dentro de casa, dentro de cada um de nós. Quando olhei para cada uma dessas pessoas, não vi pessoas ruins ou loucas , vi dentro delas pequenas crianças, machucadas, magoadas, que por fora exteriorizavam um escudo para que nada as machucassem. Me questionei sobre os pais dessas pessoas. Qual educação, exemplo, moral, e o mais importante, quanto amor foi dado a essas crianças quando pequenas? Quantas delas não se sentiram rejeitadas pelos pais de alguma forma, quantas delas não receberam o amor que deveriam receber? Quantos desses pais estavam emocionalmente prontos para serem pais? Para cuidarem de algo tão precioso, a vida.

Graças ao bom Deus fui abençoada com meus pais. Não posso dizer que minha família é perfeita, mas tive uma infância feliz, tenho um pai que para mim é um herói, um pai que me mostrou a diferenciar o certo do errado, que me deu todo o carinho, apoio e proteção que precisei. Uma mãe que, apesar de tudo, é uma mãe! Mas vejo ao meu redor e imagino quantas pessoas não tiveram essa mesma sorte, que sofreram e que ainda sofrem com isso.

O efeito da falta de amor vinda dos pais para com uma criança parece ser imensurável. Como um grande efeito dominó, atinge aquela criança e muito provavelmente as próximas gerações. Não podemos culpar um pai ou uma mãe por isso, pois se olharmos para trás é muito provável que os pais desses pais agiram de maneira igual se não pior, e quando analisamos vemos que é toda um ciclo de pessoas magoadas, emocionalmente abaladas, machucadas, e que não conseguiram lidar com o problema, não conseguiram tirar aquele “ranso” de suas almas.

Por isso pais e futuros pais, antes se preocuparem em mudar o mundo, comecem mudando vocês. Perdoem, sejam compreensivos, aprendam a viver em harmonia e sob a lei do amor incondicional, pois somente assim conseguiremos atingir uma mudança interior, nos tornando pessoas melhores, e automaticamente transformando o mundo.
Lis